No próximo dia 11 de Abril, pelas 18h, vai acontecer mais uma edição do, desta feita sobre “O Destino dos Dados”. Este evento vai ter a participação do investigador LASIGE Francisco M. Couto.
LASIGE researcher Francisco M. Couto has been invited to join the next edition of Café Ciência na Assembleia da República (Portuguese parlament), that will happen on the 11th of April, at 18h. He will talk about how data mining, processing and learning will impact society in the following years.
Sobre o Café Ciência:
“O Café de Ciência no Parlamento promove o debate entre investigadores, membros da Assembleia da República e empresários, numa iniciativa conjunta da Ciência Viva e da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, em colaboração com o CLA – Conselho dos Laboratórios Associados. Esta iniciativa pretende promover o diálogo e criar uma rede de contactos entre os participantes, fortalecendo assim as ligações entre a decisão politica e o conhecimento científico.”
Sobre esta edição:
“A quantidade e a variedade de dados pessoais têm vindo a crescer de forma quase descontrolada, e nos mais variados domínios.
São dados sobre o nosso salário, as nossas contas e movimentos bancários, o que compramos e onde, os nossos investimentos e poupanças. São dados de saúde, como o historial de doenças, consultas médicas, suscetibilidades e vulnerabilidades, e incluem dados específicos do nosso genoma, assim como o dos nossos ascendentes, descendentes e familiares mais distantes. Mas também são sobre as nossas viagens e os nossos contactos, a nossa residência e locais de trabalho, os nossos amigos, colegas, associações, clubes desportivos ou simpatias políticas.
Hoje, sem nos apercebermos, os smartphones conseguem transmitir dados sensíveis sobre os nossos códigos pessoais em diferentes contextos, além dos nossos movimentos, e até comportamentos suspeitos, com alto nível de fidelidade.
A quem pertencem esses dados? Quem controla e protege o seu acesso? Quais os fins da sua utilização e quem lucra com a sua divulgação?
São temas atualíssimos e que merecem debate e discussão. Se em áreas como a segurança e a saúde pública muitos destes dados são extremamente úteis e importantes, o acesso aos mesmos tem de ser cuidadosamente protegido para impedir o seu abuso indiscriminado.
Neste domínio, a ciência e a tecnologia têm avançado muito rapidamente. Mas perante o novo paradigma da “ciência aberta” – e mesmo da governação aberta – é evidente que continuamos frágeis no que respeita à necessidade de mecanismos robustos de proteção de direitos individuais e de ética profissional que têm ainda um longo caminho a percorrer.
Nesta edição convidamos cientistas, deputados, especialistas de organizações não-governamentais e de instituições públicas para debater os desafios da protecção de dados.”